terça-feira, 23 de junho de 2015

Diagrama de Ishikawa - Causa e Efeito

Conceito do Diagrama de Ishikawa


Criado por Kaoru Ishikawa, o diagrama que tem a forma de uma espinha de peixe é um gráfico cuja finalidade é organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário e analisar as dispersões em seu processo e os efeitos decorrentes disso. Considerada uma das sete ferramentas da qualidade, o diagrama de ishikawa também é conhecido por diagrama 6M, espinha de peixe, ou ainda diagrama de causa e feito. Ele foi desenvolvido para ser usada pelos círculos da qualidade e para estudar os problemas identificados como prioritários pela análise do Diagrama de Pareto.

A ferramenta foi desenvolvida através da ideia de fazer as pessoas pensarem sobre as causas e possíveis razões que fazem com que um problema ocorra. Por isso, os problemas estudados por meio do diagrama de ishikawa são enunciados geralmente como uma pergunta, que possui a seguinte estrutura: "por quê ocorre este problema?" ou "quais as causas deste problema?". Como o diagrama de ishikawa faz parte do grupo das sete ferramentas da qualidade, ela é considerada como sendo uma ferramenta gráfica da administração, utilizada no gerenciamento e controle da qualidade organizacional. Em resumo, o diagrama se trata de um instrumento prático que auxilia a análise de causa em avaliação de não conformidades nos processos de uma empresa.

Diagrama de Ishikawa (análise da causa e efeito)

Kaoru Ishikawa
A composição do diagrama de ishikawa considera que os problemas podem ser classificados em seis tipos diferentes de causas, que são: o método (utilizado para executar o trabalho), a máquina (que pode ser a falta de manutenção ou operação errada da mesma), a medida (as decisões sobre o processo), o meio ambiente (qualidade ou não do ambiente corporativo), a mão-de-obra (refere-se ao nível de qualificação do executor do processo) e o material (baixo nível de qualidade da matéria prima usada no processo).

É justamente devido à classificação dessas seis principais causas, que o diagrama de ishikawa também é chamado de diagrama 6M. Entretanto, ainda podemos considerar a existência de um sétimo M, que tem sua origem na palavra em inglês Management, a qual encontra-se relacionada à palavra gestão. É importante lembrar também, que nem todos os M's são aplicáveis na execução do diagrama de ishikawa, uma vez que eles nem sempre serão compatíveis com o estudo de causa e efeito abordado. O sistema proposto pelo diagrama de causa e efeito permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de um determinado problema, como também uma oportunidade de melhoria e seus efeitos sobre a qualidade de um produto.

Vale considerar que o diagrama de ishikawa pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de relações, apresentando uma estrutura mais complexa do que a tradicional. Kaoru Ishikawa (foto acima) observou que, apesar de nem todos os problemas poderem ser resolvidos pelo diagrama, ao menos 95% deles poderiam ser, e que qualquer pessoa com um conhecimento mínimo sobre processos seria capaz de utilizá-la de forma satisfatória (apesar de suas variações). No geral, podemos dizer que não existem limites para a utilização do diagrama de ishikawa, pois a ferramenta proporciona ao seu usuário uma lista de itens a serem conferidos, resultando numa rápida coleta de dados e consequentemente na localização das causas dos problemas.

Como fazer o diagrama de ishikawa

Os 6M's do Diagrama de Ishikawa (Fonte: www.portal-administracao.com)


1 - Definição do Problema: Primeiramente, deve-se determinar o problema que será analisado no diagrama de ishikawa, assim como o objetivo que se espera alcançar através dele. O mais importante é evitar ser superficial, focando no problema de forma objetiva e em termos de qualidade que possa ser mensurável de alguma forma.

2 - Estruturação do Diagrama: Após a primeira etapa, o executor do diagrama de ishikawa deve juntar todas as informações necessárias a respeito do problema em questão. Ele pode também, por exemplo, descrever o problema à ser analisado na "cabeça" do peixe, a fim de facilitar sua visualização.

3 - Agrupamento das informações: Após reunir uma equipe que possa ajudar na criação do diagrama, a mesma deve apresentar as informações agrupadas por meio de uma sessão de brainstorming. É interessante trazer para o brainstorming pessoas que estejam relacionadas diretamente com o problema, assim como de outras áreas, com perspectivas diferentes que agreguem valor ao diagrama e ao processo.

4 - Classificação das Causas: Deve-se ordenar todas as informações da melhor maneira possível, apontando as principais causas e eliminando as informações dispensáveis. É muito importante fazer uma análise profunda das causas, com o intuito de detectar quais delas impactam mais no problema e quais seriam suas possíveis soluções. Após a análise das causas, deve-se elaborar um plano de ação e definir os responsáveis, como também um prazo para a conclusão de cada ação.

5 - Conclusão do Diagrama: Por fim, desenhe o diagrama, levando em consideração as causas que devem estar de acordo com os 6M's. Nesta etapa é importante dividi-las de acordo com as categorias (máquina, mão-de-obra, meio ambiente, material, etc.). Vale salientar que não se deve esquecer de definir também as sub-causas dos problemas. O diagrama completo deve conter os seguintes componentes: cabeçalho, efeito, eixo central, categoria, causa e sub-causa.

diagrama de ishikawa auxilia qualitativamente os envolvidos em um processo industrial, de forma que consigam visualizar da melhor maneira possível qual o efeito indesejado que está ocorrendo e quais as possíveis causas do mesmo. A ferramenta de causa e efeito também estrutura visualmente possíveis estratificações a serem aplicadas nas tratativas. Sendo toda sua metodologia aplicada para estabelecer parâmetros de controle, com base em estratos uniformes que permitem, com maior facilidade, a detecção das causas dos problemas analisados. É importante salientar que estratificações desnecessárias comprometem a qualidade do sistema, diminuindo sua eficácia, por isso, deve-se utilizar somente os dados estritamente necessários para o processo.

Conclusão - Diagrama de Ishikawa e a análise de causa e efeito


No geral, o diagrama de ishikawa é uma das mais importantes ferramentas da qualidade para o meio empresarial, sua facilidade em permitir o agrupamento e a fácil visualização das várias causas de um problema o transformaram numa ferramenta altamente reconhecida por administradores e engenheiros do mundo todo. O diagrama apresenta visualmente as causas potenciais de um problema e seus efeitos que impactam diretamente na qualidade do que se produz. Ele também contribui para o melhoramento dos processos e do trabalho em equipe, reunindo os colaboradores e promovendo uma série de discussões em torno dela.

diagrama de ishikawa representa a forte relação que existe entre um determinado resultado de um processo qualquer (efeito) e os diversos fatores (causas) que consequentemente contribuem para esse resultado específico. Sua relação com a imagem de uma espinha de peixe, ocorre devido ao fato de considerarmos suas espinhas como as causas dos problemas que são levantados, que irão contribuir para a resolução do seu efeito. Portanto, percebemos que a famosa espinha de peixe é usada basicamente para visualizar as causas primárias e secundárias de um problema, ampliando a visão das possíveis causas através da análise e da identificação de soluções, gerando assim, melhorias para o processo.

Podemos afirmar que, o diagrama de ishikawa atualmente é considerado uma das ferramentas mais eficazes quanto as ações de melhoria e controle da qualidade nas empresas. Vale ressaltar ainda, que o mesmo pode precisar de uma estrutura organizacional favorável para ser aplicada com sucesso, já que se trata de uma metodologia diferente das tradicionais. Porém, como todo trabalho relacionado à qualidade, é fundamental o comprometimento de todos os envolvidos no processo e que ao examinar cada causa, o usuário observe fatos que mudaram, como por exemplo, desvios de normas e padrões, lembrando de eliminar a causa e não os sintomas que nele são apresentados.


Autor: Filipe Bezerra
Referências Bibliográficas:
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo, Atlas, 2012.

PEINADO, Jurandir; GRAEML, Alexandre Reis. Administração da produção. UnicenP, 2007.
Fonte: http://www.portal-administracao.com/2014/08/diagrama-de-ishikawa-causa-e-efeito.html

domingo, 7 de junho de 2015

5 dicas para um planejamento eficiente

Para ter lucro e crescimento, o primeiro passo é fazer um planejamento eficiente. Eduardo Shakir, sócio e fundador da Nexto, gestora de investimentos focada em patrimônio empresarial, apresenta cinco passos para ajudar o gestor a definir o seu plano e começar o ano de forma positiva.



Os cinco passos citados por ele são:

1 – Revisite o passado

“Você fundou essa empresa por uma razão e tinha crenças ou convicções no que estava fazendo. Não importa se você chama isso de Missão, Visão e Valores ou se denomina como cultura organizacional, DNA empresarial ou Filosofia Empresarial. Antes de começar a planejar 2015, é fundamental revisitar as razões da existência da sua empresa e, se necessário, adaptá-las às novas realidades. Todos os membros da organização têm de olhar e remar para o mesmo lado. E, neste aspecto, dividir a cultura é fundamental para qualquer planejamento”, afirma Carone.

2 – Dê um pulo no futuro

Pegue um papel em branco, uma caneta e comece desenhar como será sua empresa daqui a cinco anos. Quais produtos e serviços teremos? Em quais regiões estaremos atuando? Quantos empregos e renda vamos gerar? Quanto devemos faturar e quanto lucro conseguiremos produzir para os nossos acionistas? “É essencial ter uma visão de médio e longo prazo para saber onde se quer chegar”, destaca.

3 – Transforme o sonho em metas ano a ano

Considerando o cenário de 2014 e os objetivos para 2019, é hora de preencher as lacunas, ou seja, o que precisa acontecer nos próximos cinco anos para se atingir as metas traçadas. Calcule o crescimento médio necessário para chegar à taxa de crescimento desejada para 2019 (exemplo: 30% ao ano). “Incline um pouco a curva no começo e suavize um pouco no final. Neste caso, você começaria crescendo 40% ao ano e terminaria na faixa de 20% ao ano. Quanto maior o seu tamanho, mais difícil fica crescer percentualmente”, ressalta Carone.

4 – Chegue mais perto, e mais perto

Do plano inicial de cinco anos, é importante detalhar um pouco. Considere os próximos três anos e, especificamente em relação a 2015, faça essa abertura de forma mensal. Tenha metas financeiras e operacionais; compartilhe ela com todos os colaboradores da empresa e pense em uma boa forma de gratificá-los caso essas metas sejam cumpridas. “É fundamental você saber na ponta da língua quanto dinheiro vai precisar para colocar esse plano de pé. Lembre-se que lucro contábil não é caixa; via de regra, quanto mais se cresce, mais dinheiro se precisa. O capital de giro e os investimentos em ativo fixo costumam ser as contas que mais drenam caixa”, lembra Carone.

5 – Acompanhe, no mínimo mensalmente, o seu planejamento

Segundo Carone, uma projeção sem acompanhamento e cobrança é completamente inútil. Trata-se apenas de papel engavetado. Assim, é preciso fazer reuniões mensais de resultados com todos os colaboradores juntos, cobrar quem não está entregando, elogiar quem está. “Metas não batidas não precisam vir acompanhadas de explicações, mas precisam vir acompanhadas de planos de mudança. A definição de insanidade é fazer a mesma coisa, do mesmo jeito, e esperar um resultado diferente”, ressalta.

Segundo ele, ao final do ano, quando for preparar o planejamento de 2016, retome o plano inicial que você fez e veja se está chegando lá. “Sonhe bem grande, assim se você chegar na metade do caminho já será um empresário de grande sucesso”, afirma.

Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/5-dicas-para-um-planejamento-eficiente-em-2015/96387/

sexta-feira, 5 de junho de 2015

ISO 14000: o que é, para que serve e requisitos

A ISO 14000 tem como principal foco a gestão ambiental e fornece uma estrutura organizada para que as empresas consigam promover ações internas para obter a certificação.

A ISO 14000 é auditada pelo ISO, que é a autoridade em certificações em todo mundo.

No Brasil, a primeira empresa certificada foi a Bahia Sul Celulose S.A. em 1996. Aqui,a certificação é mantida pela ABNT e, portanto, foi denominada ABNT NBR ISO 14001



O que é avaliado pela ISSO 14000?


  • Auditorias ambientais
  • Avaliação de desempenho ambiental
  • Rotulagem ambiental
  • Análise o ciclo de vida dos produtos
  • Vale ressaltar que a empresa precisa seguir a legislação ambiental do pais em que está inserida, afinal a certificação é realizada com base naquilo que o pais considera como correto.


Quais organizações podem ser beneficiadas com o ISO 14000?

Qualquer organização pode ser beneficiada, mas é preciso solicitar junto aos órgãos competentes os documentos necessários. Empresas privadas e órgãos públicos podem solicitar a ISO, não existe restrição nesse sentido.

Existem dois cenário onde a empresa pode iniciar o processo de certificação ISO 14000:


  1. Declara estar apta a certificação, por já ter realizado as ações necessárias para isso.
  2. Quando irá iniciar o processo de instalação dos projetos com o objetivo de obter a certificação.


Existe prazo de validade para o ISO 14000?

O ISO 14000, assim como outros modelo de ISO, tem duração de três anos. Após esse período de tempo é realizada nova auditoria para se comprovar a continuidade do projeto ou solicitar adequações que precisam ser realizadas.

A implementação do ISSO 14000 propicia melhorias nas empresas?

Quando a empresa utiliza a certificação ela agrega valor à marca e a seus produtos, pois estará associada com seu nome uma imagem de organização que se preocupa com a natureza.
Além disso, em muitos casos existe ganho econômico, pois as empresas passam a reutilizar recursos (como água) e a utilizar energia elétrica, por exemplo, de forma menos agressiva ao planeta e isso se reflete na redução das contas mensais.

A ISO 14000 é subdividida em outras ISOs, cada uma com suas características próprias:

ISO 14001: trata do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), sendo direcionada à certificação por terceiras partes.

ISO 14004: trata do Sistema de Gestão Ambiental, sendo destinada ao uso interno da empresa, ou seja, corresponde ao suporte da gestão ambiental.

ISO 14010: são normas sobre as Auditorias Ambientais. São elas que asseguram credibilidade a todo processo de certificação ambiental, visando as auditorias de terceiras partes, nas quais se verificam os compromissos estabelecidos pela empresa em seu Sistema de Gestão Ambiental.

ISO 14031: são normas sobre Desempenho Ambiental, que estabelecem as diretrizes para medição, análise e definição do desempenho ambiental de uma organização, a fim de assegurar o SGA.

ISO 14020: são normas sobre Rotulagem Ambiental, estabelecendo orientações para a expressão das características ambientais dos produtos das empresas, de forma que os rótulos ressaltem as características ambientais do produto.

ISO 14040: são normas sobre a Análise do Ciclo de Vida, estabelecendo as interações entre as atividades produtivas e o meio ambiente. Analisa o impacto causado pelos produtos, processos e serviços relacionados desde a extração dos recursos naturais até a disposição final.

Fonte: http://inst.sitesustentavel.com.br/iso-14000-o-que-e-requisitos/